terça-feira, 21 de setembro de 2010

Arte Urbana

Uma das propostas a serem lançadas por nós do grupo de extensão juntamente com os moradores do bairro Morrotes, será algo parecido com alguns programas já desenvolvidos em alguns bairros carentes de São Paulo e do Rio de Janeiro. Algo muito interessante que foi visto e destacado pelo grupo foi a quantidade de residencias que nao foram finalizadas. Muitas estao sem reboco, e/ou outros tipos de acabamentos, todavia a grande maioria destas nao apresentam pintura. Com isso, pensamos em realizar um trabalho mais dinamico com cores em parceria com os proprios moradores.
A rua selecionada para a atividade foi a Rua Luiz Saviatto, ate sua parte final que vai de encontro com a Rua Almir dos Santos Miranda. A escolha dessas foi feita pois estas apresentam movimento constante e sao a porta de entrada do bairro.

Rua Luiz Saviatto (sentido UNISUL)

Rua Luiz Saviatto (sentido Rua Almir dos Santos Miranda)
Alguns exemplos desta iniciativa:

Na capital paulista, o arquiteto Ruy Ohtake teve a iniciativa de promover um trabalho social em bairros carentes, começando por Heliópolis. O bairro da vez foi o União de Vila Nova, em parceria com os moradores da localidade, o arquiteto em questão propõe formas criativas onde os próprios moradores inserem-se dentro do meio urbano, do contexto social da cidade, por meio de uma identidade cultural singular, a pintura de suas fachadas e muros. Com a apresentação de uma gama de cores, a esquipe realizadora entra em contato com cada morador, e estes escolhem uma ou mais cores (máximo três) em que haja identificação; dentro disso, a equipe reune-se novamente para assim mesclar as cores, intercalando-as. Mas não são todos os moradores que aceitam...portanto, fica de livre escolha querer participar ou não.
Bairro de Heliópolis

Uma das ruas trabalhados em conjunto por Ruy Ohtake e a comunidade em Hegiópolis. Antes da pintura o programa extende-se a uma reforma externa. Todo o material é trabalhado em parceria com fornecedores onde estes ofecerem seus serviços sem custo! Abaixo segue o link que explica com mais detalhes e exemplifica mais o trabalho realizado na comunidade União de Vila Nova.

Residência trabalhada antes da intervenção. (União de Vila Nova)

Residencia após intervenção. (União de Vila Nova)


(http://revistaepocasp.globo.com/Revista/Epoca/SP/0,,EMI11898-15643,00-RUY+OHTAKE+AJUDA+A+COLORIR+BAIRROS+AFASTADOS+EM+SAO+PAULO.html)

Sobre Ruy Ohtake...

1. Link flat e ideias: http://casa.abril.com.br/materias/arquitetura/ruy-ohtake-conheca-suas-ideias-flat-ele-mora-523259.shtml#6;

2. Link do site do arquiteto: http://www.ruyohtake.com.br/index.html.

Já no Rio de Janeiro, o trabalho foi desenvolvido por um grupo de artistas holandeses. Na epoca, os caras filmavam na capital carioca e comecaram a instituir um trabalho de pinturas gigantescas nas fachadas das casas da comunidade local. Os gringos são: DRE URHAHN e JEROEN KOOLHAAS.

Arte Gringa!


Terceiro post no link: (http://lilianeferrari.com/tag/pintura/)

...nao sabemos ao certo se os moradores do bairro aceitarao a artistica ideia de terem suas fachadas e muros pintados. E uma ideia, esperamos que de certo!!! Ao menos os muros. Se forem apenas estes pintados, quem sabe, trabalhar com uma arte mais grafica, com imagens..e nao apenas tinta e cores primarias, brincar com as tonalidades. A ideia e essa.



segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Arborização frutífera na comunidade

Uma das problemáticas já citadas foi a falta de verde na área do bairro Morrotes. Portanto, conversando com as pessoas da comunidade vimos o interesse em lançar esta ideia, a de rearborizacao local do bairro, com o plantio de algumas árvores frutíferas.

AMEIXEIRA. Nome científico: Prunus domestica L., da Familia Rosaceae. Esta árvore possui até 12 (doze) metros de altura, e sua fruta, ente 3 e e 6 centímetros de largura.

ARAÇAZEIRO. Nome científico: Psidium cattleian, da Familia Myrtaceae. Árvore de pequeno porte, variando no maximo de dois (2) a tres (3) metros de altura, floresce a partir do terceiro ano de vida. Existem tipos de araça, sendo os mais comuns o araça-vermelho e o araça-amarelo.

CARAMBOLA. Nome científico: Averrhoa Carambola, da Familia Oxalidaceae. Árvore de pequeno porte, variando altura entre tres (3) a (5) metros, podendo alcancar oito (8) a nove (9) metros de altura. É decorativa, ornamental, e as flores, ao natural, são aproveitadas em saladas.
GOIABEIRA. Nome científico: Psidium guajava L, da familia Myrtaceae. Árvore de três (3) a seis (6) metros de altura. A principal utilidade está nos seus frutos.
LARANJEIRA. Nome científico: Citrus x Sinensis, da Familia Rutaceae. A maior de todas as árvores cítricas, com porte variando de dois (2) a nove (9) metros de altura. Sua fruta é rica em vitaminas A, B e C, sais minerais e substâncias ácidas.

PITANGUEIRA. Nome científico: Eugênia uniflora, da Familia Myrtaceae. Árvore alcança de dois (2) a quatro (4) metros de altura nas regiões subtropicais mas, vegetando sob otimas condições de clima e de solo, pode chegar a alcançar alturas acima de seis (6) metros.

O Projeto


Projeto Arquitetura e Urbanismo na Comunidade é um projeto de extensão organizado pelos acadêmicos do curso de Arquitetura e Urbanismo, iniciado e orientado pela professora Michelle Benedet, e com apoio da UNISUL. Entende-se por extensão universitária a atividade que liga o conhecimento adquirido e produzido no ambiente acadêmico à sociedade em geral, de maneira que toda a comunidade possa usufruir das profissões ensinadas na universidade, que deve ser um bem de uso comum. Ao mesmo tempo a comunidade também passa a fazer parte da construção do conhecimento ensinado na sala de aula, que passa a ser cada vez mais voltado para a realidade regional. Assim se cria um ciclo em que a população abraça a universidade, e os profissionais recém formados veem sua profissão a favor da vida. O blog expande esse visionarismo além, para aqueles que não observam pessoalmente o nosso trabalho, ai segue um pouco do mesmo!!
O Grupo!
Alguns integrantes no dia de atividades na Escola Estadual do bairro. Da esquerda pra direita: Camila, Suellen, Fernanda, Vitor, Tueilon, Ednei e Caetano.
Sala de trabalho!



Projeto de Extensao ARQUITETURA E URBANISMO NA COMUNIDADE - MORROTES

1. DIAGNOSTICO:


1.1. Metodologia

Nesta etapa de analise da area, para um maior acumulo possivel de documentos que retratem o bairro da forma mais seria e nitida, utilizamos de fotos, mapas cadastrais, fotos aereas, caminhadas in loco, conversas com moradores representantes - Terezinha (da Igreja), Rosinete, Gracinha (moradoras) e um pessoal do bar local, bem como visitas na Escola Estadual do bairro: Escola Estadual Joao Teixeira Nunes, trocando ideias com a diretora, professoras e com os proprios alunos, e ainda, indo em reunioes organizadas por representantes da prefeitura o CRAS (Centro de Referencia de Assistencia Social) - PMT - sendo este sistema divulgado pelas assistentes sociais e coordenadoras pedagogicas Lilian, Carmen e Jurema.


1.2 Problematicas


De acordo com as pesquisas realizada ha alguns meses, resumimos as problemas mais influentes no local em 5 (cinco) pontos principais:


1.2.1. Drogas, trafico, pessoas de fora da comunidade (influencia externa), uso de "laranjas" para o crime (criancas e jovens), pessoas da cadeia e os famosos becos. "A comunidade e boa, mas nao podemos andar a noite pela falta de seguranca" (Terezinha - moradora - representante da Igreja local);


1.2.2. Falta de espacos de lazer: campos de futebol, quadras, pracas, quadra do CRAS, atividades culturais, quadras da UNISUL (nao utilizadas). Nao ha nada para se fazer no tempo extra classe para os jovens e criancas;


1.2.3. Educacao: Escola Estadual Joao Teixeira, Creche Municipal do Morrotes - falta de investimento. Criancas com problemas ja citados anteriormente (drogas, mal-criadas, trafico);


1.2.4. Infraestrutura: saneamento basico, vias abandonadas (sem calcamento ou calcamento precario), lixo a ceu aberto;


1.2.5. Construcoes irregulares: casas e terrenos sem cadastro na prefeitura.

Mapa da analise feita pelo grupo no primeiro semestre de 2010.


Legenda do mapa.



2. PROPOSTA SUGERIDAS

2.1. Escola - Atividades com criancas e jovens -oficinas usando materiais reciclados -, trabalho de conscientizacao, educacao, palestrar sobre meo ambiente, impacto ambiental e gincanas culturais;

2.2. Projeto de Ruas - Calcadas, alternativas de pavimentacao, vias. Encaminhar para prefeitura, e cobrar respostas;

2.3. Espaco CRAS - Reativar o espaco ocioso no CRAS. Reerguimento urbano local, quadra, parque, e/ou horta. Ja reativaram como canteiro de obras dos estudos de pedreiro. Iniciativa interessante, mas que precisa de atualizacao;


2.4. Prefeitura - Discutir planos e metas com o poder publico do municipio, bem como cobrar planos e acoes concretar para a regiao por meio de apresentacao de projetos;


2.5. Regularizacao - Grande acao de regularizacao de terrenos e casas;


2.6. Organizacao dos Moradores - Incentivar e auxiliar na organizacao dos moradores, em forma de Associacao de Bairro.

domingo, 19 de setembro de 2010

A Comunidade

O município de Tubarão, visto de um ponto locado no Centro ou em bairros próximos, como Aeroporto, Oficinas e Vila Moema, que são os mais frequentados tanto pelo moradores da região, como por aqueles que vem simplesmente visitar nossa iluste cidade, nos faz ter uma visão tampada quanto a diversidade social que o município se encontra. Isso mesmo, até nos, estudantes de Arquitetura e Urbanismo, educados e bem nutridos de bagagem social suficiente, ficamos em primeiro momento, um tanto surpresos com as imagens de um quotidiano não antes conhecido de forma tão descarada anteriormente (pelo menos, por nossa parte). Trabalhar dentro da área do Bairro Morrotes nos ajudou a olhar de forma diferente e ampliada quando se trata de realidade.

Abandono


Pavimentação depredada

Construções irregulares

Precariedade na construção civil - apoio técnico


O que foi visto in loco ultrapassa qualquer imaginação ou expeculação sobre o que se sabe sobre nossa realidade. Jornais, revistas e telejornais nacionais que retratam a realidade de nossas metrópoles e megalópole apenas divulgam uma realidade ampliada do que encontramos em menores proporções no bairro - fique atento caro amigo, porque algum ponto da sua cidade pode também estar passando pelas mesmas condições. O problema também é nosso. Ruas não calçadas, ou com calçamento precário, falta de saneamento, insalubridade, construções irregulares, morros ocupados, falta de segurança e uma série de outras questões. O incentivo a um programa social forte, é sem dúvida uma questão a ser discutida, não apenas por meios políticos, mas pela sociedade como um todo, principalmente debatida com as pessoas que vivenciam diariamente na área suas reais necessidades. O legado que nós, meros estudantes de Arquitetura e Urbanismo, estamos tentando transpassar, é um pouco mais credibilidade e insentivo, consciência verde (além de vida cultural, artistica) sobre várias questões, como saúde, meio ambiente, construções alternativas e vida. Trabalhos de qualidade podem sim serem feitos com materiais alternativos, afinal, conseguimos evoluir do adobete e da taipa para o aço, porque não evoluir um pouco mais utilizando outros materiais que nos são atribuidos naturalmente, como o bambú?!...milenarmente utilizado nas construções orientais. Afinal, sem apoio, instrução, insentivo e colaboração....quem cresce?

Dia na Escola

Como parte do programa de extensão, realizamos um dia de atividades na Escola Estadua Joao Teixeira, do bairro Morrotes, no dia 30 de maio de 2010, começando as atividades as 8h da manhã e terminando as 15h da tarde do mesmo dia. O ponto focal do trabalho foi disseminar um pouco sobre a consciência ambiental por meio de reaproveitamento de materiais, como as garrafas pets, explicando os males que o plástico pode trazer para o meio ambiente e até mesmo para a saúde dos pequenos, se aquelas garrafas fossem descartadas de forma "leiga" em qualquer lixo; além de promover a organização da horta que a escola havia desenvolvido, mas que se encontrava sem cuidados. A faixa etária que mais mostrou interesse foram as crianças, principalmente alunos de 5ª a 8ª séries do ensino fundamental. Dentre estes, alguns mostram muito interesse, outros quase nenhum, mas o objetivo foi tracado e atingido, transmitir conhecimento. Nem todos tem condições de saber os males do não descartamento seletivo de materiais com capacidade de reciclagem. A informação pode simplesmente não chegar, afinal, nem todos tem meios de adquirir informações rápidas (internet, jornais e revistas...).
Uma das atividades realizada foi a montagem, junto com os alunos, de brinquedos e mobiliário feitos com garrafas pet.

Brinquedo feito com a parte de cima da garrafa pet e barbante

Companheira Suellen na Brinquedoteca...porta-lapis

Yuri rindo com os alunois...Mais brinquedoteca...



Camila assessoranto a turma trabalhando...

Para realizar a atividade, além de nós do próprio grupo de extensão termos arrecadado garrafas pet, fomo duas semanas antes da realização da atividade na escola, falamos com a diretora e a mesma disseminou a ideia, pedindo que os alunos trouxessem, cada um, pelo menos uma garrafa pet!

Mobiliário e Horta com Pneus

Uma das condicionantes que norteiam projetos sociais atualmente prezam por organizações (trabalho coletivo) e/ou iniciativas individuais que trazem consigo a sustentabilidade como ponto de enfoque. Vale lembrar aos caros leitores que o termo antes citado vai muito além dos conceitos que o norteiam; não basta pensá-lo, e sim agir em diversos meios de convivência, em casa, escola, universidade...em qualquer lugar. Uma dessas "atitudes verdes" está na RECICLABILIDADE de diversos objetos, um deles, o pneu. Em uma postagem anterior mostramos uma das possibilidades de reaproveitamento deste material, agora abriremos mais o leque de alternativas! É incrível a capacidade que o pneu tem de se adaptar a diversas condicionantes que no nosso dia a dia, e não percebemos. Ultrapassa o uso de simples rodas que nos locomovem diariamente para lá e para cá. Estes, se transformam em cadeiras, mesas, sofás, poltronas, puffes, até mesmo porta revistas no banheiro nosso de cada dia, além de cubas, dentre tantas outras alternativas...

Poltronas (pneu revestido com palha)
Ambiente estar (pneu pintado com almofada)
O banheiro...
Cuba (apenas o exterior, dentro existe uma cuba convencional)
Porta revista (O pneu está embaixo servindo como base de apoio ao aro da roda onde estão localizadas as revistas) - Criativo!!!
Sofa (A parte aberta do pneu é forrada com almofada - ou um preenchimento confortável qualquer).
Puffe

Mais puffe...

Agora, se você é uma pessoa com dotes artísticos que vão além da tela e pincel, cuja criatividade instiga a buscar novos horizontes, sem qualquer tipo de barreira intelectual, como esculturas exóticas, a borracha do pneu pode lhe trazer muita satisfação sim meu caro amigo! Pneu também é arte.


Todavia, como nosso blog visa também aplamente divulgar o que possivelmente será realizado dentro do programa de extensão, ai vai um tipo de horta desenvolvida dentro de pneus. Interessante, econômico, prático e rápido de se realizar! Essa técnica pensamos em desenvolver dentro de uma creche localizada no mesmo bairro, a fim de amplicar o local já existente.


Acreditamos que vale a pena investir neste tipo de trabalho alternativo, além de criativo, e econômico, é viável a qualquer classe social, e de fácil acesso a qualquer quintal. São produtos conscientes e se bem trabalhados, viram arte social.

Enquanto na escola...desenvolvemos, durante a atividade na escola, um melhoramento da sua horta, plantando mudas de hortaliças e algumas árvores!

Alunos participativos!!!

Alunos participativos!

Membros do grupo explicando como se faz...

Foto recordação...Caetano, Ednei e Tueilon, apoios da horta com os alunos participantes!!!

"Parque dos pneus"

O uso de pneus em brincadeiras infantis sempre foi uma constante, quem nunca teve ou ao menos viu um balanço feito de pneu?! Pesquisando novos usos para alguns objetos descartados a serem implantados como mobiliário alternativo para o bairro, vimos que o pneu pode ser muito eficiente. Como o acúmulo e desuso deste tipo de objeto é muito grande, o governo desta localidade japonesa resolveu investir em um tipo de mobiliário que foge um pouco do convencional. Poisé, a criatividade vai além de certas expectativas corriqueiras...dinossauros, robos gigantes e brinquedos contemporâneos, além é claro, do que se ve normalmente em parques infantis, pneus soltos, dentre outros tipos.
Vista de Entrada

Vista aerea da área

Criatividade...

Robo gigante

Dinossauro gigante


O complexo fica localizado em um parque coberto com piso areia possuindo um total de 3000 pneus descartados. O mais interessante de tudo isso, é a adaptação deste tipo de atividade em qualquer lugar, parque, praça, escola... basta, é claro, ter uma grande área para trabalhar. Acessibilidade e diversão para todas as crianças!!!!

E aí, vai encarar?!

Estamos realizando alguns estudos para locacao e implantacao dos mobiliarios na creche da comunidade!!

Alguns estudo...